querer um porquinho de estimação?
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
poema de natal
"minha avó e minha mãe
perdi-as de vista num grande armazém
a fazer compras de Natal
hoje trabalho eu mesma para o armazém
que por sua vez tem tomado conta de mim
uma avó e uma mãe foram-me
entretanto devolvidas
mas não eram bem as minhas
ficamos porém umas com as outras
para não arranjar complicações"
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
cinto azul
Miranda – Algo engraçado?
Andy – Não, nada. É que para mim estes dois cintos são iguais. Eu ainda estou aprendendo sobre esta coisa.
Miranda – Esta “coisa”? Ah, entendi. Você acha que isso não tem nada a ver com você. Você abre o seu guarda-roupa e pega, sei lá, um suéter azul todo embolado porque você está tentando dizer ao mundo que você é séria demais para se preocupar com o que vestir. Mas o que você não sabe é que esse suéter não é somente azul. Não é turquesa. É “sirilio”. E você também é cega para o fato de que em 2002 Oscar de la Renta fez uma coleção com vestidos somente nesse tom. E eu acho que foi Yves Saint Laurent, não foi? Que criou jaquetas militares em sirilio. Eu acho que precisamos de uma jaqueta aqui. E o sirilio começou a aparecer nas coleções de muitos estilistas. E logo chegou às lojas de departamentos. E acabou como um item de liquidação nessas lojinhas de beira de esquina. E foi assim que chegou a você. E sem dúvida esse azul representa milhões de dólares em incontáveis empregos. E é meio engraçado como você acha que fez uma escolha que te exclui da indústria da moda, quando, na verdade, você está usando um suéter que foi selecionado para você pelas pessoas nesta sala entre uma pilha de “coisas”.
domingo, 12 de setembro de 2010
lagostas
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
amém
eu agradeço todos os dias quando meus pais respeitaram minha vontade. tinha 6 anos quando cheguei a conclusão que odiava a escola de saia de pregas e brasão, odiava aquelas meninas loiras e bonitas, que cresceram pra ficar mais loiras e menos tudo. mamãe encarou a ideia da escola pública como uma boa "atividade antropológica". crescer num pé de morro fez eu conhecer pessoas de verdade, com problemas de verdade. acredito que a maioria não conseguiu chegar (chegar no sentido mais literal da palavra) até aqui porque não os deixaram. mas os que ficaram comigo são as pessoas mais incríveis (de não acreditar mesmo, com o perdão do superlativo) que poderia conhecer.
a lara que na segunda série me pediu para ensiná-la a conta de menos, porque ela não entendia pra quem se pedia emprestado. o robson que virou meu gêmeo univitelino por convivência e com quem vi meu primeiro filme preto e branco. a jandy que é filha de um coreano que lutou no vietnã (mas seu ki-tak bang não se foi por causa da guerra). a morgana que já pequena teve que virar mulher (ela sabe). o rocha que com 9 anos já amava a gal.
fiquei sabendo que nossa bibliotecária, dona carmem, continua virgem.
a casa dele tinha uma escada em espiral no meio da sala, mas só tinha um andar. minhas melhores virtude vieram disso, com certeza.
sempre quando falam em luta de classes, a única coisa que consigo pensar é na sétima A disputando a gincana de são joão com a oitava B.
uma nostalgia estúpida legitima muita coisa, na realidade, quase tudo. mas não isso, porque essas pessoas continuando sendo, por isso não tenho saudades, nem saudosismo. só gratidão.
sempre quando falam em luta de classes, a única coisa que consigo pensar é na sétima A disputando a gincana de são joão com a oitava B.
uma nostalgia estúpida legitima muita coisa, na realidade, quase tudo. mas não isso, porque essas pessoas continuando sendo, por isso não tenho saudades, nem saudosismo. só gratidão.
fiquei sabendo que nossa bibliotecária, dona carmem, continua virgem.
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
terça-feira, 7 de setembro de 2010
domingo, 5 de setembro de 2010
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